Alyne Osajima. Atualmente pesquisa o impacto da adoção de remuneração variada no setor público. Pretende ajudar a desenvolver melhores modelos que poderão ampliar ainda mais a eficiência dos nossos servidores. Contadora e Bacharel em Direito, trabalha no setor de Inteligência da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás. 

 
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Pedimos para Alyne Osajima nos falar sobre sua história, e como ela vê o mestrado atualmente.

Fazer mestrado era meu objetivo há muito tempo. Tinha dois objetivos, fazer concurso público e conciliar a atuação no governo com a carreira acadêmica. Pensei nisto por ver meus professores, então decidi cursar Contabilidade e Direito.

Na minha família tive o exemplo de meu pai e irmã, ambos pesquisadores formados pela USP. Aí, mesmo depois de casada e morando em Goiás, a opção pela USP era natural. A próxima decisão, escolher entre Ribeirão Preto e São Paulo, considerando que ambos são ótimos programas, foi simples, optei por Ribeirão por uma questão logística.

 

 

Atualmente, minha pesquisa é focada nos princípios de remuneração variada quando aplicado no setor público afetam o desempenho dos servidores. Assim podemos propor modelos mais avançados que poderão ampliar ainda mais a eficiência dos nossos servidores. E isso é muito gratificante, pois vejo a aplicação no meu cotidiano. No trabalho você começa a executar suas tarefas de forma diferente. Ao escrever você começa observar os argumentos que você usa, a lógica, e procura concluir tudo. Começa a ver cada tarefa com um novo olhar.

No início é difícil. Começamos a perceber que ainda não somos pesquisadores, estamos aprendendo a fazer pesquisa. Mas ai lembramos quando começamos, que víamos a pesquisa como algo distante, que não fazia parte da nossa realidade. Quando se entra no mestrado, a sensação é começar a fazer parte disto, da produção de conhecimento do futuro. A academia é o lugar onde pessoas trocam ideias.

Na área acadêmica a gente consegue colaborar com as pessoas, e elas se desenvolvem.
Você se reconhece fazendo algo que gosta! Conheci pessoas que eu admiro, como os docentes, pela dedicação do tempo que passam nos acompanhando e os colegas, cada um com suas próprias histórias de sacrifícios para vencer esta etapa.

Lógico que tudo isto tem um esforço associado. No meu caso, o título de mestre não gera nenhum benefício, como em outras carreiras públicas. Faço para entrar na área acadêmica, continuando no serviço público. E hoje ainda posso ter voo direto de Goiânia para Ribeirão Preto. Não é fácil, mas é possível. È uma questão de determinação.

Fazer mestrado e trabalhar precisa de força de vontade e determinação. Não podemos falar que não dá, eu digo que dá! Desde que eu queira e me determine a isto. No serviço, fui apoiada na minha decisão. Em casa, minha família valoriza o estudo e me ajuda incentivando, o que é muito importante no processo.

Conheço muitas pessoas que antes mesmo de tentarem o processo seletivo desistem. Não acreditam no seu próprio potencial. È uma pena. Se elas soubessem que basta trabalhar por isto, elas não desistiriam!