A Newsletter da FEA-RP inicia uma série de entrevistas com os candidatos a reitor da USP. A cada semana, os candidatos irão responder perguntas sobre temas diversos, referentes à Universidade e também à Faculdade. Nesta semana, os candidatos falam sobre a atuação do docente no ensino e a relação professor-aluno.

As respostas foram listadas conforme a ordem de inscrições por chapa. (Clique aqui e saiba mais sobre as propostas de gestão apresentadas por cada chapa).

(Newsletter FEA-RP): Alunos reclamam de professores que pouco colaboram com a universidade: muitas faltas, aulas abaixo da expectativa, pouca produtividade, pouca ou nenhuma orientação a alunos de graduação, raras participações nas atividades da unidade e no atendimento a alunos. O que você pensa sobre este cenário? Como garantir que o docente RDIDP dê atenção integral ao ensino e à pesquisa em sua unidade?

- Hélio Nogueira da Cruz: Aprimoraremos o sistema de avaliação e acompanhamento dos docentes e aumentaremos a ponderação das atividades de ensino, orientação dos alunos de graduação e atendimentos aos alunos nos processos de promoção. Para estimular o envolvimento dos docentes nestas atividades, criaremos programas de premiação aos docentes que se destacarem.

- José Roberto Cardoso: Atitude como esta não será tolerada. Todos na Usp têm suas obrigações e direitos. Não compactuaremos com comportamentos não profissionais e aéticos como o citado. Casos como estes são exceções e não a regra. No entanto o dirigente não pode tomar atitudes "por ouvir falar", será necessária uma documentação bem fundamentada para que se possa tomar atitudes administrativas. Além da dedicação ao ensino e à pesquisa, o professor será também estimulado a atuar na Cultura e na Extensão. Espera-se também que os estudantes entendam que tudo tem dois lados, de modo que a postura responsável deve ser praticada por todos.

- Marco Antonio Zago: A garantia da qualidade de cada uma das atividades dos docentes é responsabilidade primeira da própria unidade. O exercício do RDIDP exige dedicação e qualidade em cada uma das atividades-fim da USP, embora cada docente, individualmente, possa ter excelência predominantemente em uma das atividades-fim. Neste contexto, cada departamento tem que zelar pela execução equilibrada das atividades-fim.

- Wanderley Messias da Costa: Todas essas questões nos remetem à graduação, que tem sido pouco valorizada e que será a prioridade da nossa gestão. É preciso mudar a cultura predominante de que só pesquisa e pós-graduação são reconhecidas como atividades nobres da Universidade e isso implica, não só prestigiar o docente que se dedica ao ensino, mas reconhecer de fato a sua dedicação nessa área. Em suma, definir indicadores de progressão na carreira que valorizem o esforço do docente na graduação e propiciar a ele condições de aperfeiçoamento, incluindo apoio a experiências internacionais.

Imagem: Divulgação

Os candidatos (da esquerda para a direita): Hélio, Wanderley, Cardoso e Zago