Martes, 17 Marzo 2020 13:42

Endividamento familiar volta a aumentar

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Com a melhora na confiança do consumidor e nas condições do mercado de crédito, desde o segundo semestre de 2018, o endividamento voltou a aumentar, e ao longo de 2019. Em novembro de 2019, as famílias tiveram, em média, 44,9% de sua renda anual comprometida com dívidas, uma alta 0,16 p.p. em relação a outubro e de 2,23 p.p. em relação ao mesmo período de 2018.

 

Os dados são do Boletim Crédito de fevereiro de 2020, elaborado pelos pesquisadores Francielly Almeida e Marcelo Lourenço Filho, sob coordenação do professor Luciano Nakabashi, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP.



A partir de o segundo semestre de 2019, a taxa de inadimplência (operações com atrasos superiores a 90 dias) cresceu. Em dezembro de 2019 a taxa de inadimplência foi de 3,51% para pessoas físicas e de 2,13% para jurídicas, o que representa um aumento de 0,26 p.p. para pessoas físicas, e queda de 0,27 p.p. para jurídicas.



“Esta tendência indica que, com a retomada da confiança, as pessoas físicas estão recorrendo mais ao crédito e aumentando seu endividamento, mas tem apresentado maiores dificuldades para saldar suas dívidas em atraso”, explicam os pesquisadores.

 

O Indicador do Custo de Crédito (ICC), que reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento atingiu 20,44% ao ano para pessoas físicas e 25,58% para pessoas jurídicas em dezembro de 2019.

 

De maneira geral, é possível observar uma tendência de queda do custo de crédito, ocorrida entre junho e dezembro de 2019. Essa trajetória está associada à queda da inadimplência e de menores taxas de juros que favorecem a redução do custo geral do crédito no país.

 

Por: Leonardo Rezende, Assessoria de Comunicação da FEA-RP.

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