Martes, 18 Septiembre 2018 15:43

“Uma gestão humanizada” é o que pretende a nova presidência da CG

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Eliezer Martins Diniz e Luciano Nakabashi são os novos presidente e vice-presidente da Comissão de Graduação (CG) da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, eleito pela Congregação da FEA-RP no último dia 31 de agosto.

 

O professor Eliezer conta que sempre esteve atento aos comentários que os alunos deixam nas avaliações das disciplinas que leciona. E, da mesma forma, pretende levar a prática para sua gestão da CG. Para a nova gestão da CG, Diniz e Nakabashi acreditam ser importante ouvir o que os alunos e professores têm a dizer.

 

Pretendem priorizar a obtenção de mais agilidade dos processos burocráticos com a experiência acumulada do Serviço de Graduação da unidade e da própria CG. Além disso, querem aprimorar as disciplinas e os cursos como um todo ao analisar as avaliações dos alunos e comparar outras boas práticas adotadas em cursos no Brasil e no exterior.

 

Ainda no programa de gestão, os professores mencionam a proposta de trabalhar a comissão de forma mais humanizada: “Uma gestão humanizada leva em conta não apenas a letra fria da legislação, mas a especificidade do caso de cada aluno. Há muitos casos que são rotineiros e não necessitam de uma análise individualizada. Há outros, porém, que precisam levar em conta suas particularidades para que não haja injustiças”, esclarecem.

 

Confira aqui a entrevista completa com os professores:

O que o motivou a concorrer à CG?

A possibilidade de fazer uma gestão humanizada com que os alunos possam efetivamente contar. Procurei ao longo dos anos levar em conta a opinião dos alunos expressa nos comentários das avaliações, aperfeiçoando as disciplinas que leciono e as aulas. Acredito que possa da mesma forma aperfeiçoar o funcionamento da CG levando em conta as opiniões de alunos e professores.

 

O que pretende priorizar na sua gestão?

Tentar agilizar os processos burocráticos, aperfeiçoar as disciplinas e os cursos e retomar o contato com os egressos. Os processos burocráticos podem ser acelerados por meio da experiência acumulada da Secretaria de Graduação e da CG. As disciplinas e os cursos podem ser aperfeiçoados por meio de avaliações por parte dos alunos no momento em que terminam de cursar a disciplina, de avaliações por parte dos alunos que se formam, e da comparação do curso com outros bem-sucedidos na mesma área no Brasil e no exterior. O contato com os egressos se dá a partir de cada turma que se forma, através do incentivo a aderir ao Alumni USP e a manter a base de dados atualizada na unidade. A retomada do contato com egressos de anos anteriores deve considerar as bases de dados existentes compiladas por professores da unidade.

 

Como a CG pode melhorar a avaliação das disciplinas e aplicar os resultados coletados?

Coletando sugestões de alunos e professores no sentido de melhorar o questionário. Os resultados continuariam a ser entregues para os docentes de forma individualizada e comentados de forma agregada para os alunos. Além do questionário, pode-se incentivar a colaboração voluntária de professores que assistam a uma aula de um colega para sugerir aperfeiçoamentos. As sugestões de alunos e professores, além de um canal aberto de diálogo de professores com a CG, servem para incentivar os docentes a mudar, beneficiando o aluno, a FEA-RP e a USP.

 

No plano de gestão foi mencionado que pretendem ter uma CG mais humanizada. O sr. poderia detalhar esse ponto de vista?

Uma gestão humanizada leva em conta não apenas a letra fria da legislação, mas a especificidade do caso de cada aluno. Há muitos casos que são rotineiros e não necessitam de uma análise individualizada. Há outros, porém, que precisam levar em conta suas particularidades para que não haja injustiças.

 

O que os alunos podem esperar para a solução de questionamentos e procedimentos burocráticos?

Uma modernização de procedimentos burocráticos através da revisão de normas existentes e através das jurisprudências formadas ao longo dos anos pela CG. Dessa forma, casos semelhantes teriam decisões semelhantes, levadas em conta as especificidades de cada caso.

 

Há muitos que gostariam de fazer intercâmbio, mas não o fazem, entre um dos motivos, pelo receito de atrasar a formação no curso. O sr. acha viável uma alteração das grades curriculares para que o aluno tenha a chance de fazer intercâmbio, estágios e outras atividades de extensão sem prejuízo à formação?

O plano de gestão contempla o início de uma modernização das grades curriculares. Mas um intercâmbio que não atrase a formação no curso deixaria pouca margem de decisão ao aluno, que seria obrigado a fazer disciplinas semelhantes às da FEA-RP no semestre em que o aluno se encontra. Isso, a meu ver, tira um pouco o incentivo ao intercâmbio, pois aquilo no exterior que é diferente e não existe na FEA-RP não seria priorizado pelo aluno. Acho que essa questão do intercâmbio precisa ser melhor estudada para que haja uma política de incentivos que funcione adequadamente de modo a minimizar os prejuízos ao aluno.

 

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