Monday, 25 January 2021 15:51

Saldo de crédito cresce 11% em novembro

Rate this item
(3 votes)

Dados do Boletim Crédito, uma publicação de professores e pesquisadores da FEA-RP, mostram que em novembro de 2020, o saldo total de crédito ampliado ao setor não financeiro do país foi de R$11,69 trilhões, um crescimento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior.

 

O valor corresponde a 157% do PIB brasileiro. Na variação mensal, foi registrada leve alta de 0,1% refletindo aumento nos empréstimos e financiamentos.

 

Para empresas e famílias o saldo total foi R$ 6,6 trilhões, um crescimento no ano de 12,3%. O saldo para o governo geral ficou em R$5,09 trilhões, aumento de 9,4% no ano. O crescimento reflete efeitos do aumento da liquidez provida ao sistema financeiro pelo Banco Central.

 

Diante dos efeitos da pandemia, as concessões de crédito caíram de forma entre março e abril de 2020 (- 16,7%), refletindo reduções de 22,9% nas operações para PJ e 13,2% para PF. Os montantes continuaram em queda em maio atingindo patamares bem abaixo dos observados em anos anteriores.

 

A partir de julho, porém, os valores iniciaram trajetória de crescimento. Até novembro, as concessões totais cresceram 5,3%, chegando a R$ 368,9 bilhões, sendo R$ 171,2 bilhões para PJ e R$ 197,5 bilhões para PF.

 

Em setembro, o estoque de crédito do país totalizou R$ 3,86 trilhões, aumento real de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi puxado pelo bom desempenho nos segmentos de empréstimos e títulos descontados (24,2%) e financiamentos (19,3%).

 

O spread, que corresponde à diferença entre a taxa que remunera a captação de recursos e a taxa que os bancos cobram pelo empréstimo, foi de 14,4% em novembro, o que representa quedas de 4,5 p.p. em relação ao mesmo mês do ano anterior.

 

Esta queda está relacionada não só à queda da taxa básica de juros (SELIC), que se encontra na mínima histórica, mas também às medidas de ampliação de liquidez para o sistema bancário, a despeito da elevação do risco mediante o cenário econômico adverso. Para PJ, o spread médio foi de 6,2% e para PF, 19,7%. O spread é mais alto para PF porque os riscos são mais elevados para esta modalidade.

 

Por: Leonardo Rezende.

Read 952 times