Dados econômicos indicam uma retomada do crédito, com destaque para os financiamentos imobiliários. As perspectivas são de que essa modalidade continue apresentando bom desempenho ao longo do ano, acompanhando a recuperação do setor da construção civil que vem mostrando melhoras nos indicadores.
É o que aponta o Boletim Crédito de abril, elaborado pelos pesquisadores Francielly Almeida e Caio Vinicius da Silva Albanezi, sob a coordenação do professor Luciano Nakabashi, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP.
Na comparação entre janeiro de 2019 com janeiro de 2018, houve um aumento de 2,4% nas operações de crédito em todo o país. No estado de São Paulo o crescimento foi de 8%, e de 10% na Região Metropolitana da capital.
Em Sertãozinho o crédito recuou de forma mais expressiva, registrando uma variação negativa de 16%, puxada, sobretudo, pela queda no crédito destinado ao agronegócio (-45,1%), principal atividade econômica do município.
“A percepção quanto ao andamento da agenda de reformas estruturais, determinantes na análise de risco econômico, bem como o ritmo da atividade econômica, serão fatores importantes para o desempenho do mercado de crédito ao longo deste ano”, destacam os pesquisadores.
A diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que eles cobram ao conceder um empréstimo é chamado de spread bancário. Na comparação entre janeiro de 2019 e o mesmo mês do ano anterior, nota-se a queda de 1,46 ponto percentual (p.p.) no spread para pessoas jurídicas e de 3,72 p.p. para pessoas físicas.
Assim como os spreads, houve queda nas taxas de juros. No mesmo período, as taxas médias para pessoas jurídicas sofreram queda de 0,14 p.p. e de 0,25 p.p. para pessoas físicas.
Por: Leonardo Rezende, Assessoria de Comunicação da FEA-RP.