As exportações de etanol vêm apresentando tendência consistente de alta: entre maio de 2018 e dezembro de 2019, o volume exportado de etanol cresceu 31,7%. O estabelecimento de novos acordos comerciais em torno do combustível tem contribuído para ampliar suas vendas externas.

É o que aponta o Boletim Setor Sucroalcooleiro de fevereiro de 2020, elaborado pelos pesquisadores Francielly Almeida e Marcelo Lourenço Filho, sob supervisão do professor Luciano Nakabashi da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP.

Em dezembro de 2019, o Brasil exportou 17,58 milhões de toneladas de açúcar, valor 16,8% menor ao observado no mesmo mês do ano anterior. A tendência de aumento dos preços diante da perspectiva de um déficit mundial e a continuidade do dólar em patamares elevados são fatores que podem contribuir para impulsionar suas exportações.

Entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020 houve uma tendência de queda dos preços das principais commodities exportadas pelo Brasil: apenas açúcar e da soja tiveram alta, com variações positivas em 5,7% e 3,1%, respectivamente.

O preço do açúcar deve seguir em alta em 2020. Segundo o site Novacana, há expectativa de déficit entre consumo e produção de açúcar na safra de 2019/20, por causa das quedas na produção tailandesa e indiana.

Considerando os meses de dezembro de 2018 e 2019, a carne bovina foi a commoditie que apresentou as maiores elevações, com um pico em novembro do ano passado. “Essa alta no preço internacional da carne bovina ocorreu como reflexo de uma demanda externa mais aquecida, pressionada pelo aumento da procura chinesa devido à peste suína ocorrida no país“ explicam os pesquisadores.

O aumento da demanda chinesa, associado à valorização do dólar e a estiagem ao longo do ano de 2019, contribuíram para a significativa alta dos preços da carne no mercado interno brasileiro.

Por: Leonardo Rezende, Assessoria de Comunicação da FEA-RP.