Jueves, 30 Mayo 2019 16:51

Endividamento familiar cresceu em fevereiro

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Dados do Boletim Crédito mostram que houve aumento do endividamento das famílias tanto na comparação mensal quanto na anual. Em relação a janeiro de 2019, o percentual da renda familiar comprometido com dívidas aumentou em 0,32 p.p. em fevereiro, sendo que no acumulado dos últimos 12 meses o aumento foi de 1,66 p.p.

 

O boletim foi elaborado sob coordenação do professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, Luciano Nakabashi, com a participação dos pesquisadores Francielly Almeida e Caio Vinicius da Silva Albanezi.

 

O estoque das operações de crédito cresceu: na comparação entre fevereiro de 2019 e o mesmo mês de 2018, as operações cresceram 3,0% no país. No estado de São Paulo e na Região Metropolitana da capital, as operações de crédito registraram crescimento de 9,2% e 10,5%, respectivamente. Uma pequena variação positiva foi percebida no interior de São Paulo: 0,8%. A maior retração ocorreu no crédito destinado ao agronegócio: queda de 6,7%.

 

Foi a segunda alta consecutiva do estoque de crédito em 2019, com um avanço mais significativo no estado de São Paulo. O Banco Central aponta que a expansão mais expressiva do saldo das operações no estado de São Paulo foi no crédito destinado às pessoas físicas (9,5%), com destaque para as modalidades de crédito pessoal e financiamento de veículos.

 

A recuperação do crédito reflete, principalmente, o avanço das operações de empréstimos de recursos livres, principalmente, crédito pessoal. Segundo os pesquisadores “a expectativa para o segundo trimestre do ano de 2019 é de aumento de novas concessões de crédito para as grandes, micro, pequenas e médias empresas, além do crédito para pessoas físicas, consumo e crédito habitacional”.

 

Sobre o cenário futuro, os pesquisadores alertam: “embora os dados e as perspectivas revelem melhora no crédito, o quadro ainda é de cautela, pois a confiança ainda não se estabilizou e a economia vem mostrando resultados pouco satisfatórios, com desempenho fraco da indústria e do mercado de trabalho”.

 

Por: Leonardo Rezende, Assessoria de Comunicação da FEA-RP.

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