Quarta, 24 Julho 2013 16:20

Depoimento: graduação tem programa específico para internacionalização

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A Pró-Reitoria de Graduação da USP mantém o Pró-Int - Programa de Apoio à Internacionalização da Graduação - que destina recursos financeiros para a participação de estudantes e docentes em eventos ou atividades acadêmicas no exterior. Na FEA-RP já foram 21 os pedidos atendidos desde 2008 até o encerramento do último edital, em 2012.

Um dos alunos beneficiados foi Leonardo Silva Antolini, do curso de Administração (Noturno). No final de junho, com o apoio do Pro-Int, ele foi até Atlanta (EUA) onde participou do 23º Fórum e Simpósio da International Food & Agribusiness Management Association – IFAMA. Ele participou do call of papers do evento e teve selecionado o artigo "The Determinants of Grain Producers Buying Behavior in the State of Mato Grosso Brazil", baseado em seu TCC. Durante o evento ele compôs equipe da FEA-RP que participou de uma competição de estudos de casos com mais 21 universidades de todo o mundo.
Leia a entrevista onde Leonardo dá seu depoimento sobre o Pró-Int e outras atividades acadêmicas.

 

Como ficou sabendo desta oportunidade de apoio?
Fiquei sabendo do Pró-Int por meio de um amigo de sala, que foi apresentar um trabalho em Berlim, em 2011. Desde então, sempre tive interesse de ir apresentar meus trabalhos fora do país, no IFAMA, especificamente. Já tinha apresentado outros trabalhos em congressos no Brasil.
Após concluir o meu TCC, vimos que ele tinha potencial para ser enviado a um congresso internacional. Enviei o trabalho para o call of papers do IFAMA, em 2012, e ele foi aceito. Ou seja, é um plano que vem sendo executado desde o ano passado, e que se concretizou graças ao apoio da FEA-RP.

 

Essa verba foi determinante para sua participação no evento?
Sem dúvida. O apoio foi determinante, sem ele não conseguiria ir para os Estados Unidos. É um recurso muito importante, principalmente quando se está na graduação.

Foi sua primeira experiência acadêmica internacional?
Não, eu realizei um intercâmbio acadêmico, via CCInt, para a Bélgica em 2011, mas esse foi sem bolsa-auxílio. Além das aulas normais, lá participei de algumas semanas temáticas de marketing, embalagens e também de competições de estudos de casos

 

Em que essa experiência pode lhe auxiliar em sua carreira?
A experiência acadêmica é ímpar, além da oportunidade de networking com as pessoas com as quais encontrarei num futuro não muito distante. É uma oportunidade de "abrir a cabeça", conhecer trabalhos novos, empresas novas, oportunidades novas. Recebi até um convite de trabalho em uma empresa de sucos dos EUA.
Além disso, o contato com profissionais de outras universidades abriu portas para a realização do meu mestrado e coloca a FEA-RP num nível global, o que sempre buscamos. Também participamos de uma competição de estudos de casos lá. Estávamos competindo com equipes da Wageningen University, Purdue University, Texas A&M, entre outras de grande expressão na pesquisa do agronegócio. Além disso, hoje temos um trabalho que está no fast-track para uma revista internacional. É todo um processo que vai se concretizando, graças ao apoio da universidade.

 

Que trabalho você apresentou?
Apresentei um artigo baseado no meu TCC, sobre o comportamento de compra dos produtores de grãos do Estado do Mato Grosso. Foram diversos estudos de casos realizados em 2011, lá em Cuiabá. Nesse trabalho procuramos identificar os determinantes do comportamento de compra do produtor, baseado em 5 pilares: características do produtor e da fazenda, gestão do negócio e do risco, fontes de informação, produtos e distribuidores. Ele é a base para o meu mestrado, que farei em 2014 aí na FEA-RP. Esse trabalho está ligado a linha de pesquisa do Prof. Roberto Fava e ao AgroFEA.

 

Qual a importância para esta sua viagem o fato de haver na faculdade um programa de pesquisa estabelecido?
O AgroFEA abriu as portas para a realização do meu trabalho e me apoiou desde 2011. Sem ele não teria contato com os produtores que entrevistei para construir os casos, nem teria acesso às referências que li, empresas, associações, etc. Cada vez mais procuramos inserir o AgroFEA como referência de pesquisa no agronegócio brasileiro e o grupo vem se mostrando cada vez mais sólido, com diversos trabalhos e projetos sendo desenvolvidos.

Lido 3531 vezes Última modificação em Quinta, 25 Julho 2013 14:26